23 de fevereiro de 2012

Listras das zebras funcionam como camuflagem contra insetos hematófagos


As listras das zebras funcionam como uma camuflagem, escondendo o animal de leões e chitas famintos. Agora pesquisadores afirmam que as listras também repelem uma praga muito menor: os insetos hematófagos (aqueles que se alimentam de sangue).  




Tais insetos são menos atraídos pelas listras pretas e brancas do que pelo branco ou preto uniforme da pelagem dos cavalos.



Os insetos hematófagos apresentam uma estrutura chamada de probóscide (tromba), 
uma espécie de canudo, por onde sugam o sangue do hospedeiro.



"É uma redução de atratividade muito forte", afirmou Susanne Akesson, pesquisadora da Universidade de Lund, na Suécia, e uma das envolvidas no trabalho.

As descobertas estão relatadas no "The Journal of Experimental Biology".



A PESQUISA


Para realizar a pesquisa, o grupo viajou a uma fazenda equestre na Hungria, onde se testou a atração dos insetos em painéis com tipos diferentes de padrões em preto e branco.

Os de listras mais finas atraíam menos insetos. Segundo o estudo, essa pode ser a razão pela qual as zebras evoluíram para o seu famoso padrão.

Em um estudo anterior, Akesson e equipe descobriram que os insetos eram atraídos pela luz polarizada horizontalmente. Como o branco não reflete essa luz, os cavalos brancos são mais "sortudos" que os negros.

Contudo, as zebras parecem ser as mais sortudas de todas. Quando os pesquisadores mediram a luz polarizada refletida da pele de zebras reais, descobriram que a medida era compatível com os padrões de luz menos atraentes para os insetos.

Como os insetos hematófagos disseminam doenças, possuir um pelo atraente poderia impor um "custo restritivo de adequação" no decorrer da evolução, afirmou Akesson.

Akesson e equipe gostariam de estudar de que forma essas pragras minúsculas podem estar combinando as suas percepções para descobrir as fontes de alimento.


"Não sabemos, por exemplo, se o odor da zebra hospedeira anula o efeito do padrão visual", explicou a cientista.



Fontes: Folha.com / UOL / The New York Times. Publicada em 17/02/2012.
Texto do The New York Times.



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